ARTIGO:RELAÇÃO PROFESSOR ALUNO
quarta-feira, 18 de novembro de 2009 by Reciclagem de Artigos in

O presente documento visa relatar as relações humanas, onde os professores atuam positivamente na vida educacional dos alunos, podendo tornar-se uma referência a ser seguida por eles. O incentivo a criatividade, a espontaneidade dos educadores faz com que o interesse e atuação dos educandos em sala de aula seja positiva. No decorrer do ano letivo percebe-se que existem dificuldades de aprendizado por parte de alguns alunos, é neste momento que os professores devem estar atentos para resgatar o desejo e estímulos dos mesmos. Sabemos que em virtude das dificuldades a vontade de estar em sala de aula é difícil, com uma postura adequada a conquista certamente será efetivada. Três pontos importantes que será abordado neste documento são afetividades do professor/ aluno, auto – avaliação da sua prática e observação das dificuldades apresentadas por alguns educandos.


1 INTRODUÇÃO

O objetivo deste artigo busca identificar os principais fatores que motivam os alunos a escolherem alguns de seus professores como referência a ser seguida por eles, por efeito a influenciar positivamente a sua formação. Mesmo que o aluno apresente dificuldades, se faz necessário que o educador preste a sua solidariedade, principalmente neste momento, incentivando-os, harmonizando, valorizando, possibilitando assim a busca da construção do seu conhecimento a partir das necessidades de cada um.
Alguns professores se negam a se aproximar dos alunos quando os mesmos não querem “nada”, estão dispersos, neste período que é preciso trazer estes educandos para sala de aula, ou seja, para realidade usando novas estratégias, dinâmicas diferentes, e principalmente resgatar a amizade, porque quando existem alunos com comportamento inadequado o mesmo não tem muita afinidade com os professores, por estar sempre sendo chamado atenção, é preciso pensar que a conquista não se dá desta forma. Segundo GADOTTI (1992:2) “ o educador para pôr em prática o diálogo, não deve colocar-se não na posição de detentor do saber, deve antes, colocar-se na posição de quem não sabe tudo”, e estando aberto a ajudar sempre com usando a dialética amigável de preferência a sós para que os educandos não se sinta envergonhados na frente dos seus colegas de classe.
Pretende-se mostrar neste documento a importância do professor na vida do educando onde o mesmo poderá ser um mediador e transformador do individuo.

2 PAPEL DO PROFESSOR
A tarefa do educando não consiste em passar conteúdo para o educando, o material didático é importante, mas cabe ao professor buscar recursos para o melhor desenvolvimento dos alunos. FREIRE (1996:96) afirma que “ o bom professor é o que consegue, enquanto fala, trazer o aluno até a intimidade do movimento. Sua aula é assim um desafio e não uma cantiga de ninar. Seus alunos cansam, não dormem.cansam porque acompanham as idas e vindas de seu pensamento, surpreendem suas pausas, suas dúvidas, suas incertezas.”
Quando existe uma preocupação com seu fazer pedagógico, haverá um interesse maior pelo que se está aprendendo, um dos fatores fundamentais que diz respeito a este assunto é mostrar que todos são capazes de construir seu próprio conhecimento, cada um com seu modo de expressar este aprendizado, influenciando direto ou indiretamente. Como individuo ele é agente emissor de informações, organizador de atividades e realimentador por excelência do sistema educacional.

3 AFETIVIDADES ENTRE PROFESSOR E ALUNO
A relação estabelecida entre professores e alunos, assim como qualquer relacionamento deve ser pautada nas expectativas que cada indivíduo tem respeito do outro, ou seja, de como queríamos que ele fosse criando assim uma representação. Desta forma percebesse que o comportamento do aluno será sempre mediatizado pelo que pensa e espera do professor, pelas intenções, motivações e interesse que lhe atribui. Assim sendo primeiramente, é preciso saber ouvir os alunos, refletir sobre as suas necessidades. Desta forma será estabelecida uma troca de aprendizado, ou seja, os educandos também aprendem a partir das necessidades dos alunos.
Como se consegui fazer com que alunos sejam seres participantes em salas de aula, se não se faz uma educação de qualidade e competência, se não se buscar o novo e não criar um diálogo, para entender o que se passa na cabeça dos educando, que por sua vez vem para escola com auto-estima baixo, e o professor não tem a sensibilidade para entender o outro (alunos).
Portanto cabe ao mesmo estar atento a este ponto importante, porque em virtude de certas vivencias negativa, fora do contexto escolar, está situação de problemas familiares e outros são refletidos em sala de aula. Quando o professor percebe e consegui de certa forma “ajuda-los”, com certeza este momento será percebido por toda a turma.
A relação professor aluno é estabelecida de forma positiva a partir do interesse do professor, trabalhando o lado positivo dos alunos e para formação de um cidadão consciente de seus deveres e de suas responsabilidades sociais.

3.1 MOTIVAÇÃO PROFESSOR ALUNO
O pensamento a cerca do fazer pedagógico é muito importante, na busca de uma melhor qualidade de ensino e no compromisso com os nossos educandos, é realidade vivenciadas no nosso dia-a-dia onde percebemos que muitos vêm para escola sem vontade de estar ou permanecer ali. Por estarem passando por problemas familiares como; agressividade, necessidade afetiva ou mesmo financeiros.
Um dos principais compromissos que os educadores devem ter consigo, é o acolhimento, procurar entender as necessidades dos alunos e buscar meios, criativos, reflexivos, avaliativos para ter subsídios validos para um melhor desenvolvimento, aprender a conviver com outro não é tarefa fácil, o professor não deve ser só o que passa conteúdos, como já vimos anteriormente, a relação professor aluno não se dá só neste sentido, claro que o mesmo não deve entrar na intimidade da vida familiar, mas parar para conversar, e tentar de uma certa forma aliviar algum tipo de situação vivida por eles, para que os mesmos sintam-se bem vindos e com certeza este professor se tornará referencia positiva na vida educacional desses alunos.
Procurar criar um ambiente propicio e favorável para uma boa qualidade de ensino, e como podemos tornar um ambiente agradável? A diversidade das práticas pedagógicas, com músicas, jogos, dinâmicas e leituras de diversos textos reflexivos, enfim existem enumeras possibilidades, mas cabe ao profissional buscar e levar para o seu cotidiano.

4. LUDICIDADE EM SALA DE AULA
A prática docente não se deve só ao uso dos cadernos livros e quadro, a ludicidade faz parte das atividades essências da dinâmica humana caracterizando- se por ser espontâneo funcional e satisfatório.
Sendo funcional: ele não deve ser confundido com o mero repetitivo, com a monotonia do comportamento cíclico, aparentemente sem alvo ou objetivo, segundo LUCKESI,” são aquelas atividades que propiciam uma experiência de plenitude, em que nos envolve por inteiro estando flexível e saudável, são ações vividas e sentidas, não definíveis por palavras, mas compreendidas pela fruição, povoadas pela fantasia, pela imaginação e pelos sonhos que articulam como teias urdidas com materiais simbólicos.
Na vivencia lúdica possibilita momentos de encontro, momento de fantasia de realidade, de ressignificação e percepção, momento de auto-conhecimento e conhecimento do outro, nesta aula não precisa ter jogos e nem brinquedos. A formação lúdica interdisciplinar se assenta em propostas que valorizam a criatividade, a busca da afetividade, a nutrição da alma, proporcionam os futuros educadores. Quando os profissionais vivenciam este tipo de atividade maior é chance de fazer tudo de forma prazerosa. Tal formação permite aos professores saber de suas possibilidades e limitações.
Percebemos que os educadores quando trabalha a ludicidade em sala de aula, existirá um professor aprendiz, SANTOS (1997, KISHIMUTO,1999) afirma que “ a formação lúdica possibilita ao educador conhecer como pessoa, saber de suas possibilidades, desbloquear resistências, e ter uma visão clara sobre a importância do jogo e do brinquedo para a vida da criança do jovem e do adulto.”
Ao contribuir com o alunado usando esta prática consequentemente possibilita o desenvolvimento da subjetividade, para construção do ser humano criativo e autônomo.

CONCLUSÃO
De acordo com os estudos realizados concluímos que o professor tem o poder de influenciar os alunos. O planejamento e atividade necessária à execução das ações a serem desenvolvidas no período relativo à interação do processo de aprendizagem, onde todos falam e todos ouvem mesmo com divergências na construção do novo saber. A capacidade de refletir de ouvir, refletir sobre as necessidades dos educandos. Considerando estes pontos discutidos o relacionamento entre professor aluno deve ser de amizade, de respeito mútuo, de troca de solidariedade não aceitando de maneira nenhuma um ambiente hostil e opressor que semeie o medo e a raiva no contexto da sala de aula. A prática pedagógica deve sempre prezar o bem do educando, a diversificação das atividades para o melhor desempenho dos alunos é de fundamental importância, pois possibilita um melhor aprendizado,
Portanto observa-se que afetividade relacionada aos integrantes da comunidade escolar é de uma certa forma extremamente necessária, sem este tipo de atitude os participantes da instituição escolar tornaram os dias sem harmonia, consequentemente não acontecerá aprendizado, a troca mútua de interesses é importante para o futuro dos que nela estão inseridos.

BIBLIOGRAFIA
FREIRE, Paulo. Pedagogia da autonomia: Saberes Necessários à Prática Educativa. São Paulo: Paz e Terra, 1996.
GADOTTI, Moacir. Comunicação Docente. São Paulo: Loyola, 1992.
LUCKESI, Capristano Carlos. Educação, Ludicidade e Prevenção das Neuroses Futuras: Uma Proposta Pedagógica da Biossintese. In: LUCKESI, Capristano Carlos (org) Ludopedagogia – Ensaio 1: Educação e Ludicidade, salvador: Gepel, 2000.