Brincando e aprendendo foi o foco da aula, com o objetivo bem claro da importância do lúdico para o desenvolvimento e para a aprendizagem.
Sabemos que as atividades lúdicas oferecem situações de aprendizagem ricas e interessantes que podem sem feitas com brinquedos, com jogos, com movimentos corporais ou com situações imaginadas. “O jogo parece ser o meio mais adequado e estimulador para desenvolver processos inovadores, que se refletem no desenvolvimento da criança”. Portanto, há a necessidade de termos professores preparados e qualificados que saibam das contribuições que o brincar proporciona e utilizá-las de forma planejadas para cada objetivo que se deseja atingir.
Vivenciamos isso tudo na prática, foram várias as situações que envolveram jogos, brincadeiras e dinâmicas permitindo assim o confronto de percepções e esquemas, comparações, trocas de informações e pontos de vista, modificação de conceitos e conhecimentos prévios.
Vemos muitas vezes na escola, as crianças sendo “mandadas” para atividades lúdicas só com o objetivo de descarregarem as energias, e voltarem mais clamas para a sala de aula. Isso é um engano, pois o brincar tem funções importantes no desenvolvimento psicológico da criança.
A ação da criança na brincadeira vai originando processos de imaginação cada vez mais complexos, porque ela vai tendo que dar conta de muitos desafios e conflitos com os quais nem sempre esta acostumada a lidar.
Alem da função de promover o desenvolvimento da subjetividade infantil e de processos psicológicos complexos, o brincar possui muitas formas de se expressar no desenvolvimento e na aprendizagem da criança.
As atividades lúdicas preparam a criança para o desempenho de papéis sociais, para a compreensão do funcionamento do mundo, para demonstrar e vivenciar emoções. Quanto mais a criança brinca, mais ela se desenvolve sob os mais variados aspectos, desde os afetivo-emocionais, motor, cognitivo, até o corporal. É através da brincadeira que a criança vive e reconhece a sua realidade.
O corpo e a aprendizagem caminham juntos! É por meio do corpo que o individuo entra em contato com o conhecimento, do nascimento a idade adulta o corpo registra experiências e sentimentos, automatiza e domina movimentos, amplia sua capacidade de ação e produz padrões culturais de comportamentos.
Ao longo do desenvolvimento, as transformações que ocorrem no mundo interior da criança vão se refletindo também em suas atividades lúdicas.
É por isso que acreditamos que o brincar vai se modificando á medida que a criança se desenvolve: a consciência que a criança vai constituindo do mundo, dos objetos e das pessoas vai se expandindo durante seu crescimento, e seu processo de socialização também se intensifica.
As brincadeiras e jogos são terapêuticos por serem um espaço simbólico em que o sujeito irá integrar o mundo interno e externo. Através da brincadeira, a criança constrói uma ponte por onde passar dos significados simbólicos dos objetos para a investigação ativa de suas verdadeiras funções e particularidades.
Todavia, o brincar, muitas vezes, acrescenta ao currículo escolar uma maior vivacidade de situações que ampliam as possibilidades de a criança aprender e construir o conhecimento. O brincar permite que o aprendiz tenha mais liberdade de pensar e de criar para desenvolver-se plenamente
Segundo Vygotsky, a brincadeira possui três características: a imaginação, a imitação e a regra. Elas estão presentes em todos os tipos de brincadeiras infantis, tanto nas tradicionais, naquelas de faz-de-conta, como ainda nas que exigem regras (Bertoldo, Ruschel)
Nessa experiência evidenciou-se a (re)significação por parte da professora nas várias atividades em que propôs intervenção visando à reconstrução e o resgate do prazer de aprender brincando.
Karmem Amambahy
REFERENCIAS:
http://www.profala.com/arteducesp140.htm
http://www.psicopedagogia.com.br/opiniao/opiniao.asp?entrID=564
FRIEDMANN, A. O papel do brincar na cultura contemporânea. Disponível em: http://www.nepsid.com.br/artigos/opapeldobrincart.htm, 1995. Acesso em 12 de maio
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