A IMPORTANCIA DA APRENDIZAGEM PARA A INSERÇÃO SOCIAL
terça-feira, 8 de dezembro de 2009 by Reciclagem de Artigos in

Não é fácil colocar em pratica o que sonhamos, pensamos e idealizamos. Meu intuito na verdade é compartilhar algumas reflexões sobre o papel da aprendizagem na formação do sujeito, formação do professor, psicopedagogo, e de todos os profissionais na relação de ensinantes e aprendentes.
Pois cada sujeito tem sua historia sua singularidade e a psicopedagogia nos coloca numa dimensão de complexidade existente para a compreensão do ser humano nos processos de aprender, que implica em grande heterogeneidade de possibilidades.
Precisamos refletir a respeito da formação docente das pessoas concretas que tem uma vida de luta nas escolas brasileiras. Assim como se cobra intervenção individualizada com diferentes alunos e alunas, também precisa considerar as diferenças desses professores com sua historias de vida, suas formas de interação com outras pessoas, sua construção de conhecimentos e sonhos.
A formação do professor é um tema que necessita ser olhado de perto, com uma nova forma de olhar que modifique a ótica de ver a função dos professores, recuperando sua grandeza. A cultura do fracasso presente em nossas escolas não dependerá exclusivamente da formação do professor, sabemos que uma serie de fatores contextuais interferem no processo. O êxito dependerá muito da participação do alunado.
Enquanto a formação do educador é preciso perguntar, por exemplo: Qual sua alegria no trabalho? Seus sonhos mais profundos de realização? Por que se tornou professor? Por que permanece na profissão? Provavelmente está vinculado á sua condição econômica, as circunstâncias sociais de sua vida, falta de opção etc. É necessário que ele se interrogue sobre suas escolhas, práticas desejos, limitações e possibilidades.
É sabido que os cursos por si só não modificam nossas representações, é preciso ter consciência do fazer do professor num compromisso maior com sua profissão. Muitos executam bem suas obrigações e sem duvida permanecem nesta profissão por toda uma vida e em muitos momentos ainda se encantam com ela, dando-nos o passaporte de nossa singularidade.
Formação do professor para a diversidade, falamos tanto nesta questão, mas será que todos têm conhecimentos específicos nessa área? De uma forma geral a formação para a diversidade começa em nos assumirmos como pessoas diversas, aprendendo a todo o momento com a diversidade dos outros. Tolerar que o outro não seja nosso espelho, olhar alem de nós. Talvez a tolerância seja uma das atitudes interdisciplinares que mais temos que cultivar, quando formamos professores para a diversidade.
Nas aulas se evidencia uma grande distancia entre a intenção e ação. Daí surgem as questões relativas á dicotomia teoria e pratica, isso nos leva a pensar sobre a formação dada nos cursos de preparação de docentes, se aquilo que se ensina, se discute, visando “preparação” ou ”aperfeiçoamento pedagógico” acaba sendo mero adorno, algo inútil e inadequado. Na maioria das vezes o planejamento é visto com mais uma mera atividade burocrática a ser cumprido devido á exigências administrativa e não como uma referencia para ação e avaliação dessas ações. Como conseqüência ainda vê professores transcrevendo planos de anos anteriores ou de outros colegas que permaneciam em gavetas ou arquivos. E as representações dos professores acerca dos alunos aprender e não aprender prevalecem as mesmas concepções atribuindo o fracasso escolar ao próprio aluno, considerando-o portador de algum atraso no desenvolvimento psicomotor, cognitivo, lingüístico ou emocional (conversa muito, é revoltado, fala errado, não tem assimilação, lento, não faz lição de casa etc.) ou então á deficiência ou desestruturação familiar (pais não vivem juntos, pai alcoólatra, pais não acompanham o filho, mãe trabalha fora, pais brigam etc.) sem se ater ás condições de aprendizagem oferecidas pela escola e a outros fatores intra-escoalres
Vale assinalar que essa concepção da dificuldade de aprendizagem centrada no aluno como portador das deficiências e dificuldades pessoais esta superada na pesquisa e literatura educacional, cujo foco esta mais voltado aos fatores intra-escolares, como também aos de ordem social, econômica e política envolvidos na educação.
A falta de fundamentação teórica que norteie a ação do professor ocorre com freqüência embora o conhecimento deva ser o alicerce de sua formação.
De fato a realidade que se impõe ao educador, principalmente á figura do professor, é nada animadora. Ao começar pela desvalorização e por certa aversão em relação e ele, uma imagem da profissão de fome, de pouco prestigio social, sem poder de decisão. Na nossa realidade penso que se trata da nossa realidade. Como afirma Nóvoa é importante recolocar os professores no centro do debate educativo pois as soluções surgem a partir das percepções e representações que os próprios professores tem de suas praticas de seu espaço e dos limites de suas ações. O processo sem duvida envolve reflexão e autooconhecimento, embora observar seu próprio trabalho e mazelas seja uma tarefa muito árdua para qualquer pessoa.
Para tentar compreender o que é o homem é preciso buscar conhecimentos multidisciplinares na sociologia, na antropologia, na pedagogia na psicologia, na biologia, na historia das humanidades, nas religiões, nas artes etc. o que se pretende com isso é encontrar um caminho para a diferenciação nas diversas naturezas.
A aprendizagem é dificultada quando o educador não permite que o aluno se reconheça como sujeito pensante.
Antes da criança entrar na escola ela é reconhecida socialmente a partir de seu pertencimento a uma família “filho de fulano” a referencia será sempre os pais, após ingressar a escola a situação se inverte e são apresentados como “pais de fulano” são fatores importantes para a constituição da identidade e para aprendizagem, já que aprender só é possível a partir de reconhecer-se o que implica em ser reconhecido.
Espero que este artigo contribua para alargar nossas reflexões sobre nós mesmos, fortificando nossas buscas na relação de ensino/aprendizagem.
Perceber no ato de aprender é dar-se conta do que acontece ou pode acontecer ao seu redor, com a percepção e o entendimento é possível o “significar”.
O fracasso escolar é um fenômeno recente que surge com a obrigatoriedade da escola no fim do século XIX e aparece como uma das questões importantes da contemporaneidade. O sofrimento do aluno e do professor aparece como sensação de desamparo na busca de culpados (pais, sistema educativo, instituição) a falta de resposta demanda a uma angustia paralizante.
Professor/aluno, educador/educando, ensinante/aprendente, essas relações se instituem em aprendizagem, mas se situam em lugares diferentes tratando de níveis distintos do aprender.
A relação professor/aluno implica numa aprendizagem relacionada a conteúdos formais de uma determinada disciplina. A relação educador/educando implica numa aprendizagem relacionada a questões mais amplas, segundo os ideais de uma cultura e moral de um povo. A relação ensinante/aprendente implica numa relação transferencial que se define a partir de lugares subjetivos, não dão conta dos posicionamentos singulares diante do conhecer e aprender. Nesta relação aquele que ensina deve perceber que enquanto ensina, aprende sobre o outro, sobre ensinar, sobre si mesmo.
Um professor não se transforma em educador ao mudar seus pressupostos metodológicos, pois não é isso que o define. Apesar de estarmos falando de lugares objetivos e de um conhecimento também objetivo permeados pela relação ensino/aprendizagem cada um tem seu papel definido socialmente. Situam-se em lugares distintos e tratam de aprendizagens diferentes.
A psicopedagogia busca compreender a subjetividade constituída pelo desejo de saber e pela demanda de conhecimento, não busca compreender o homem, mas o sujeito.
O pensamento é uma instancia psíquica pessoal, um mundo subjetivo próprio separado da subjetividade materna.
O texto se propõe a uma reflexão da aprendizagem na formação do sujeito. Encontra-se em todos os níveis educacionais do curso primário á universidade (mesmo na pós-graduação) muitas pessoas com a dificuldade de se “dispor a aprender” fica preso a imagem autobastante de eu ideal. Na posição “não preciso de ninguém”. Dispor-se a aprender implica em fazer renuncias sobre a idealização de si mesmo, é preciso dos outros, é trocar com os outros, é aceitar novas identificações para si próprio.
Estamos na época da alta modernidade com muitas dificuldades e perigos e muitas oportunidades também. Oportunidades para o avanço de bem-estar individual e social. Muitas das questões sociais não encontram saída por causa de questões da subjetividade. Dentre tantas organizações com esse problema particularmente a educacional.
O que dizer da escola primaria no Brasil com tal nível de evasão escolar? Na universidade, com tal nível de baixa criatividade?
A escola depois da família é a organização “cuidadora” por excelência. Os professores são importantes para as crianças e adolescentes se identificarem, principalmente se advém de família em que pai e mãe falham enquanto figuras cuidadoras. A escola junto com a família é o tipo de organização cuidadora que mais pode propiciar o surgimento do novo, do desenvolvimento criativo e pode aproximar-se da mãe, professora “suficientemente boa” que propiciam uma auto-imagem positiva no seu aprendizado.
A criança é o que o ambiente lhe permite ser, frente a um ambiente ruim congela o seu Eu verdadeiro e utiliza o falso para sobreviver, aguardando um outro ambiente onde possa descongelar.
Os professores têm grande responsabilidade na construção da cidadania pela sua pratica social. Sendo referencias e exemplos para seus alunos, como mediadores tem também a responsabilidade de ajudar a organizar a auto-imagem do outro. Estimular debates, troca de experiências, o respeito a diversidade e á democracia, o direito de ter opinião, a pratica da argumentação e da defesa de idéias que tenham como objetivo maior garantir a liberdade, a justiça social e a igualdade. Quanto aos coordenadores devem estimular a participação, não ter um projeto pronto e impor essa proposta. Há que levar em consideração o valor dos colegas.
Encontra-se também na universidade, estudantes infantilizados em vários níveis, estudantes com pouca vida interior próximo a situação de “não se dispor a aprender” e também de não conseguir usar da própria criatividade. A “incapacidade” de “ouvir” a organização passada na aula pelo professor referente ao que ler como ler, trabalhos com idéias de autores, sem que sejam citados; trabalhos copiados da internet são alguns dos indicadores do tédio que carregam esses estudantes robotizados, com falta de vida interna. Como, por exemplo, fazer essas pessoas, já no mestrado e doutorado, produzirem teses? Como criarem se não tem criatividade em suas vidas?
Vale ter em conta também a organização do ensino universitário no Brasil que rebaixou a qualidade da aprendizagem. O nível de exames e multiplicou o numero de unidades de ensino universitário precárias. Acenamos para o professor criativo, inovador em todos os níveis educacionais, trazendo esperança de uma vida melhor. Aquele que conseguiu sair do circulo vicioso da “robotização” e fazer parte dos “cuidadores” que seja de alunos implicantes, dos que não podem ouvir, aprender, etc. professores esses, preciosos, pois ajudam a romper com a robotização de criar profissionais robotizados nas empresas, organizações e na própria escola de novo.
Acompanhamos atualmente alunos portadores de deficiências cognitivas que sempre pôde freqüentar a escola, mas que apresentam em seu percurso dificuldade de aprendizagem são denominados alunos difíceis, fracassados. Quando falam de alunos difíceis referem alunos que apresentam queixas de dificuldades de aprendizagem cuja etiologia não se encaixa em quadros neurológicos, em geral tem comportamentos hiperativos e dificuldades nos processos simbólicos que dificultam a organização do pensamento. Mas demonstram potencial cognitivo com condições de serem resgatados em sua capacidade de aprendizagem.
Essa problemática vem da base da alfabetização que implica em falhas, não tem autonomia para conduzir seu percurso de aprendizagem nem as demandas escolares trazendo conhecimentos fragmentados e verdadeiros “buracos” não só na aprendizagem, mas na sua historia como sujeitos.
Alunos que permanecem na sala mas são desarticulados e desinteressados com as aulas, é preciso entender o que eles tentam nos comunicar com suas constantes recusas diante dos conteúdos pedagógicos, de dividir atenção do professor com os colegas, a “falta de limites”e agitação perante as propostas escolares. Uma boa proposta de trabalho seria um projeto envolvendo a historia de cada aluno aproveitando para ampliá-la como estratégia pedagógica na construção de sua aprendizagem, explicar o referencial teórico de onde partiu a idéia, justificando e fundamentando essa proposta.
Milhares de pais falam de seu sofrimento diante das dificuldades do filho, suas angustias por não saberem como lidar com as oscilações de comportamento deste, os fracassos constantes vividos no meio social e escolar, e os preconceitos enfrentados perante a sociedade. Ficam presos na culpa, mas é preciso uma mudança de posição subjetiva dos pais da culpa para a responsabilidade no sintoma do filho, não é preciso se defender frente a colocações ou apontamentos, mas aceitá-lo, enxergá-lo ouvi-lo de fato com suas necessidades e desejos pensando em formas de ajudá-lo a superar alguns de seus impasses na vida. Pensar sob outros ângulos e enxergar sob nova ótica.
O caso de Ana: Trata-se de uma adolescente que sempre freqüentara uma escola tradicional. Sua recusa a retornar ás aulas no inicio do ano letivo mobilizou a família a procurar alternativas para a garota não interromper os estudos. “Alem da recusa veemente, manifestava sintomas de forte angústia que a paralisavam quando o assunto tratado era “ir à escola”. Estava retraindo-se em casa, evitando programas sociais ou contatos com as amigas. Segundo o relato trazido inicialmente pela mãe, Ana apresentou dificuldades escolares desde longa data; ao que podia se lembrar, desde o inicio de sua alfabetização. As cobranças em relação á sua produção pedagógica sempre foram intensas, tanto por parte da escola como da família, e sua agenda era bastante ocupada com as aulas de reforço, psicopedagogos e psicólogos. No entanto, os tratamentos foram bastante descontínuos, haja vista a excessiva troca de profissionais ao longo dos anos.
A evidência maior de suas dificuldades aparecia no enquadre á rotina escolar: sintomas exacerbados de fobia e depressão vinham á tona diante da necessidade de ser integrada a um grupo de alunos e responder á rotina pedagógica. Foi necessário o desenvolvimento de um projeto individualizado para atender ás suas necessidades com horário especial e atividades voltadas ás suas possibilidades do momento. Era acompanhada por profissionais e no inicio não participava de nenhum momento coletivo da escola.
Os pais em especial a mãe, relutaram muito em aceitar a condição em que a filha se encontrava. Diziam que ela não tinha problemas tão graves para necessitar de um acompanhamento tão individualizado, chegando a procurar outra escola a qual foi recusada por Ana pelo fato de ter sido introduzida em sala de aula já no primeiro dia. Hesitante e desconfiada a mãe retornou com ela a antiga escola permanecendo todos os dias um tempo na recepção a medida que Ana foi adquirindo maior confiança estabelecendo vínculos com as pessoas sua mãe não mais permanecia a sua espera. Esse período foi marcado por muitas oscilações de humor por parte da aluna, momentos de depressão, intenso vazio e desanimo, nos quais era praticamente impossível implicar-se em qualquer atividade.
O trabalho com os pais, nesse período, focou-se mais no acolhimento das tantas duvidas que traziam a respeito do que Ana vivia, auxiliando-os a perceberem que as cobranças pedagógicas nesse momento só intensificaram ainda mais as angustias da garota. Era preciso ajudá-los a modificar a imagem de filha que ate pouco tempo estava tão bem sedimentada, e acompanhá-los no reconhecimento de necessidades muito primárias que Ana apresentava. Um marco nesse período foi a ênfase num reencaminhamento a um tratamento mais condizente á atual situação de Ana que sem duvida, conduziu seu processo a uma importante evolução, evidenciado o bom prognostico do caso.
A partir de situações vividas com os novos profissionais (psicanalistas e psiquiatras) responsáveis pelo caso fora da escola, foi se caracterizando, cada vez mais, a relação de intensa dependência de Ana com sua mãe. Na escola Ana reproduzia vinculações simbióticas, não tolerando a entrada de outro fora da “dupla”.diante de situações em que se via implicada em alguma atividade ou diante de alguma solicitação que lhe era feita diferente de seu desejo no momento. Ana simplesmente se retraia ainda mais, e seus sintomas de depressão acentuavam-se. Não podia nem sequer falar a respeito do que estava impossibilitando em realizar, vivendo apenas uma angustia sem nome.. .
Pontuarei algumas questões para reflexão sobre A constituição do Eu, através da relação com o outro, nas relações pedagógicas humanizadoras e afetivas. Não me proponho aqui a apontar caminhos ou respostas, mas colocar pensamentos e perguntas no intuito de alimentar a busca de instrumentos para a construção de novos espaços educativos.
A constituição do Eu, através da relação com o outro, é um tema trabalhado com ênfase na teoria do desenvolvimento de Henri Wallon. É a relação com o meio humano que nos torna humanos, constituindo pessoa com uma identidade única e própria. O que nos liga ao outro é a emoção. O amor é a emoção do reconhecimento da essência que une seres humanos. Nos humanos somos todos diferentes, mas da mesma essência, essas diferenças não podem confundir-se com desigualdade.
Aprender a amar é o quinto pilar do conhecimento para a educação da nova era. Pois o amor é a condição necessária ás relações éticas e transformadoras entre os seres humanos. É possível aprender a amar, quando aprendemos que as diferenças não tornam as pessoas melhores ou piores, apenas diferentes.
Quando me aproprio de informações recriando e compreendendo sua existência singular me torno autora dessa construção e de meu pensamento. A informação só faz parte do conhecimento do aluno, quando essa informação deixa de ser igual a que a professora lhe transmitiu.
É preciso despertar o prazer dos alunos em reconhecer a produção de sua autoria. Libertá-lo desse reconhecimento só através do olhar do outro. Valorizar o que eles têm de original libertar da repetição, estereotipia. Valorizar principalmente o prazer que se pode obter na autoria, na realização do desejo próprio.
Oferecemo-nos a eles como referencia, nunca como modelo a ser simplesmente imitado.
Para onde e dirige o olhar psicopedagógico? Quais são as implicações para a psicopedagogia? Uma questão fundamental com que se defronta são os processos emocionais contidos nos problemas de aprendizagem, que exigem respostas compatíveis tanto no plano dos referenciais norteadores, quanto na pratica do diagnostico e do tratamento das perturbações.
O psicopedagogo necessita de uma visão amplificada levando em conta seu mundo interno e externo, considerando o educando em sua inserção social, educacional e familiar, com enfoque psicanalítico clássico que contempla a questão da aprendizagem.
Antes de tudo o olhar do psicopedagogo dirige-se a existência em cada pessoa do seu interior, indagando dela o que a caracteriza como essencial única e individual. A observação profissional centraliza-se no contexto com esse ser, especialista naquilo que impede a pessoa de se nortear por si próprio e de se realizar.
O grau de distanciamento de contato passa a ser o fator principal a exigir atenção do psicopedagogo, uma vez que as dificuldades emocionais que se refletem sobre seu campo de atividades tem a ver, sobretudo com dificuldades de contato com esse ser. Quanto maior for o distanciamento do contato mais graves tendem a ser as perturbações psíquicas, mais graves tendem a ser, também os problemas emocionais que se encontram na área da psicopedagogia.
Em cada nível e grau de distanciamento há tipos característicos de perturbações psíquicas que se denunciam como problema de aprendizagem. Não se lida com tais problemas se antes não se conhecem os determinantes que dificultam ou impedem uma pessoa de ser ela própria e de se realizar plenamente. É função da psicopedagogia trabalhar pelo desenvolvimento de seres humanos inteiros, que se realizam plenamente como pessoas e que mantenham intactos suas condições interiores de sentir, pensar e agir de modo integral e verdadeiro. Isso se obtém através da autonomia e da liberdade de atuação do seu interior em cada um, sendo alcançado por meio de esforços de conhecimento das atividades do self (significa o nosso eu profundo, a maneira única de uma pessoa existir no mundo) sensorial associados a direcionamentos voltados aquilo que intrinsecamente a pessoa é.
Linguagem televisiva é um grande e influenciador mecanismo que faz parte de nossas vidas, onde ativa de forma intensa nossa atenção visual e auditiva, vivenciamos essas projeções e identificações repetindo modelo de cabelo, modas, profissões, etc. o apelo visual é muito forte e supera a linguagem oral ficamos presos a esses sentimentos de identificação sem muita margem para deles fugir, mergulhamos relativamente na fantasia, ficamos contaminados pela sedução das historias com final feliz, com a potencia, competência, beleza, riqueza dos personagens de novela, das propagandas dos mais variados produtos fazendo-nos desejar tudo aquilo. Sofremos, rimos ficamos ansiosos, com tudo o que vemos e ouvimos pela televisão, que entra sem aviso prévio em nossas casas.
A televisão pode fixar a criança em personagens que tenham a ver com seus desejos, medos, conflitos por tempo demasiado longo, mantendo a criança na fantasia, na onipotência, que são impeditivos do crescimento e da aprendizagem. Esses aspectos agregados aos novos modelos familiares, com ausência de casa de pai e mãe que trabalham geram, algumas vezes sentimento de abandono por parte da criança e culpa por parte dos pais. Mas a televisão, hoje em dia não é a maior vilã da historia, esse lugar no momento é da Internet, que fica fora do controle, enquanto a televisão pode sofrer relativa censura por parte dos pais e dos órgãos judiciais responsáveis por criança e adolescentes. O preocupante é o longo período que ocupa no dia-a-dia da criança desviando-a de brincadeiras motoras necessárias a sua idade. É importante que se converse sobre o que elas assistem, procurando descobrir que leitura fizeram e do que viram ajudando-as desenvolverem um pensamento critico entre o que é fantasioso e real.

Quanto aos problemas de aprendizado escolar a interação favorece o desenvolvimento e a linguagem. Para eles, há uma construção mútua e dinâmica do conhecimento. O que é considerado problema de aprendizado escolar? E quais os procedimentos adotados para resolvê-los?

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